Américo Castro Castanheira nasceu em Peniche em 5 de abril de 1955, dia que ficou marcado na história mundial pela renúncia de Winston Churchill ao cargo de Primeiro Ministro do Reino Unido e na história daquela vila pela renúncia do pai de Américo ao cargo de pai de Américo.

Educado apenas pela mãe, Castro Castanheira cedo percebeu que a sua atividade preferida era falar da vida dos outros, de preferência falar mal, pelo que o seu percurso profissional não poderia deixar de passar pelo jornalismo. Ainda na escola primária, fundou e foi diretor d’O Piolho, jornal de escolinha que ficou famoso por ser o primeiro do seu género a conter um roteiro de tascas.

Com a entrada na puberdade, Américo Castro Castanheira descobriu outro prazer para além do prazer da bebida: as mulheres. Ainda hoje apresenta como sua máxima que «Aprende-se mais sobre jornalismo num tasco ou numa casa de alterne do que numa redação». Assim, começou por ser estagiário no semanário de Peniche Amigas de Pénis, tendo depois encontrado lugar na redação d’O Clítoris das Berlengas.

Após um período marcado pelo fervor revolucionário pós-25 de abril (trabalhou n’O Mastro de Lenine e na revista Companheiras Peladas), sentiu que chegara a altura de um novo desafio, pelo que, em 1985, aceitou o convite de Afonso Barata – que conhecera quando tentava levantar um cheque para pagar um garrafão de tinto numa dependência do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa, enquanto Barata assaltava o dito balcão – para integrar a redação d’O Democrata.

Permaneceu neste jornal durante 10 anos, sempre na secção 'Parlamento e Outros Crimes', até ao dia em que aceitou o convite do semanário Espesso para ser o editor do suplemento Bifanas & Copos de 3 e, posteriormente, Febras no Prato e na Cama.

Pelo profundo conhecimento que travou com políticos em restaurantes, tascas e casas de prostituição, foi convidado, em 2007, para chefiar a secção 'Nacional' do Jornal do Fundinho.